De construção muito simples, o catavento é composto por uma lâmina que gira em torno de um eixo pela acção do vento. Vem desde os tempos dos gregos e além de indicador da direcção do vento serve ao mesmo tempo de ornamento.
Durante a Idade Média começa a ter grande difusão e aparece usualmente como remate das torres das igrejas. Começou por ser um sinal de nobreza e só as casas nobres, eclesiásticas e militares tinham o direito de o possuir.
Em termos ornamentais, e sobretudo a partir do séc.XV e XVI, os motivos são os mais variados: anjos, setas, temas mitológicos, barcos, insígnias eclesiásticas, animais, etc.
Os temas náuticos, como barcos, peixes, sereias e outros, são muito vulgares nas cidades ou vilas portuárias.
Um dos motivos usuais era o arcanjo S.Miguel ao qual se atribuia a protecção ao raio. No entanto o galo aparece com mais frequência e ainda nos dias de hoje. Recordava ao clero a vigilância e lembrava ainda o arrependimento de S.Pedro. Além disso desde sempre que o galo era considerado profeta do tempo e o seu canto afugentaria os maus espíritos e todas as calamidades.
Mais recentemente, além das torres das igrejas, podemos ver cataventos em moinhos, faróis e outros tipos de construções. Além da lâmina alguns têm também indicação dos quatro pontos cardeais.
Cataventos movem o pensamento.
Às cinco da manhã,
Caminhando sobre o sal e sob a luz que antecede o dia,
Eu vejo você
Vejo a mim mesmo
Vejo todo o mundo
E de um turbilhão de espumas que se repetem,
A minha alma torna-se serena e consigo enxergar.
E é para isto que vivo,
Luzes que se esvaem e que se repetem.
O cata-vento é um dispositivo que aproveita a energia dos ventos (energia eólica) para produzir trabalho. Algumas pessoas chamam de cata-vento, os simples indicadores de direção do vento, como setas que giram sobre um eixo vertical. Entretanto, o nome está associado comumente ao aproveitamento da energia eólica em aplicações mais engenhosas, como a moenda (os moinhos de vento), o bombeamento de água, ou mais modernamente, para gerar energia elétrica, como os aerogeradores.
História
A origem do cata-vento não está claramente sinalizada na história. Alguns estudiosos acreditam estar na Pérsia de 915 a.C, hoje Irã, os mais antigos registros sobre moinhos de vento. Entretanto, existem indicações sobre o emprego de moinhos de vento mais remotos no Iraque, Egito e China.
Os moinhos de vento foram introduzidos na Europa no século XII, mas apenas no século XV, eles se espalharam pelo continente. Na Holanda, tornaram-se sobremaneira populares. Além de servirem para moenda de cereais, eles foram empregados na drenagem de terrenos alagados.
A energia cinética obtida com os cata-ventos se prestou a muitas aplicações no passado, moer grãos e bombear água foram apenas alguma delas. Eles foram utilizados também para extração de óleo, transformação do papel, preparação de pigmentos e tinturas, dentre outras.
Outros historiadores dizem que Andrônico mandou construir em Atenas uma torre octogonal, e fez gravar de cada lado as figuras que representavam os ventos dos oito pontos cardeais. No topo da torre foi colocado um Tritão (deus mensageiro das profundezas marinhas) de bronze que girava em torno do seu eixo, e com uma haste que tinha na mão, indicando o tempo que dominava.
De essa idéia engenhosa certamente, provem as atuais formas de animais, pessoas, e outras centenas de desenhos. Antigamente era possível, apenas para a nobreza, pô-las em suas casas. Mais tarde este privilégio foi comum a todos os nobres e, em última instância, foi utilizada em todas as classes sociais ( classe media , classe pobre , e classe rica )
Funcionamento
O cata-vento é formado por um conjunto de pás dispostas lateralmente sobre um eixo horizontal. Cada pá está levemente torcida (como uma hélice). Assim, o fluxo de ar, buscando o caminho mais fácil para passar, gera pressão que impulsiona cada pá para um mesmo sentido em relação ao eixo horizontal.
Para um cata-vento ser mais eficiente, o aparelho deve possuir aletas calculadas para girar um eixo no sentido vertical, de modo que, captação seja feita em qualquer direção.
Curiosidades
- De acordo com o Guinness Book of World Records, a maior veleta do mundo está localizada em Jerez de la Frontera, Espanha.
- A mais antiga é o Galo de San Isidoro de León. Estudos em Carbono 14 de restos de um ninho de abelhas que tinha no seu interior, data do ano 680 AC. Sua origem é presumivelmente oriental.